quarta-feira, 4 de setembro de 2013

A FLOR DO DESERTO

Na estrada para Mekbara, a liga reveza-se para tentar o máximo de velocidade em sua viagem. Várias conversas são traçadas. Zaphirá em seus pensamentos tenta entender o que de fato é Dylan e acaba por feri-lo com uma Shuriken. Dylan não entende a atitude da elfa e ela acaba dizendo que não sabe ao certo o que ele é, mas se caso ele quisessem poderiam tentar a hipnose de novo. Dylan diz que irá pensar no assunto.
Logo Mekbara estava a frente.

Era imensa. Uma cidade construída a Beira de um lago que não tinha fim. Alguns locais o chamavam de mar do deserto, única fonte de água a quilômetros.  A cidade era bem construída na pedra. Aquedutos e estradas construídas com pedras faziam parte da paisagem.  Um comércio grande e irriquieto tomava conta de grande parte da cidade. Para cada feira havia uma praça  de comercio. Em meio a toda a movimentação, um som de música é ouvido e um cortejo passa pela avenida principal. Vários do grupo seguem para ver o que estava acontecendo. Zaphirá e Doiran seguem com o guia para a estalagem. Os outros veem um interminavem desfile de príncipes e suas cortes reais que se encaminham para um palanque do lado oeste do palácio.
A cidade em festa recebe ao mesmo tempo o solstício de primavera e a vinda dos príncipes. As lendas sobre a dama nortuna e seus poderes curativos e mágicos, se espalham por toda parte, atraindo a atenção de alguns dos nossos viajantes.



Os Príncipes se postam no palanque. Hebion sem nenhuma vergonha tenta roubar uma vestimenta e acaba sendo intimidado por um guarda. Logo depois sobe na escadaria do palanque e se diz candidato a mão da princesa.  Dylan se irrita, sobe e dá um soco em Hebion, antes que a guarda o pegue...
Na rua a Oeste um Elefante branco vem subindo trazendo a flor do deserto, a princesa Semirah. Ela se coloca a frente do palanque e fica em pé em seu elefante. 





Ela diz:
- Nobre Aranu, filho da casa de Bar – Porque queres me tomar opor esposa?
 - Bela flor do deserto. Foi sua beleza que me cativou os olhos.
- Nobre Emir, filho única do casa de Hekbath. – Por que queres me tomar por esposa.
- para tornar forte nossos reinos e fazer da Grande mekbara o centro do mundo.
- Nobre Melfarin, filho da rica casa de Letos e piedoso servidor da trindade das virgens. – Por que queres me tomar por esposa?
- Para honrada flor do deserto, trazer justiça a nossa terra com meu direcionamento como sultão.
A princesa faz uma pausa, olha para o povo e depois para o palanque e diz:
- Nobres pretendentes. Não sou um prêmio a ser disputado, nem uma escada para vossas ambições e muito menos um brinquedo para satisfazer sua luxuria. Sou Semirah, flor do deserto, princesa de Mekbara e por minha vontade, Jamais me casarei para servir a um homem. Meu compromisso é com  minha nação .Sou uma mulher livre e segundo nossas leis me casarei com aquele que, de fato, souber meu real valor. Então coloquem seus honrados rabos entre vossas honradas pernas e sumam de minha vista. Hampur!
O Elefante se movimenta e derruba o palanque jogando na calçada os 3 nobres príncipes. Um sultão desconcertado tenta contornar a situação
enquanto sua filha caçula, a jovem Sherazade, usa de seu carisma para acalmar a multidão.  Xingamentos de todo o tipo são profetidos pelos príncipes em meio as risadas da população. Enquanto a princesa  Semirah, coloca crianças em seu elefante e vai se afastando sob o riso de todos os passantes. Sherazade  na bancada do palácio  pede a todos que compreendam o gênio de sua irmã. E diz que logo o impasse será resolvido e a nação não ficará carente de um bom governante.
Sherazade percebe a presença do nobre elfo e fica curiosa os chamando para vir até o palácio. Parte do grupo acaba por se encontrar no portão do palácio e são recebidos pela princesa. Rúmil dá a ela a mensagem do Rei Eduardo e prontamente ela se dispõe a auxilia-los. Recebe então a mensagem de seu pai convidando a caravana para um jantar com o sultão. Nesse meio termo Zaphirá, Rúmil e Dylan se encarregam de falar sobre a questão da flor do deserto. Sherazade informa que Semirah tem um palácio próprio a oeste da cidade e que somente ela pode decidir se pode auxilia-los ou não. Kyoshiro fica na estalagem meditando ao lado do esquife de Sorena. Ausculus se ausenta e sai a procura de uma biblioteca.É informado da existência de uma biblioteca na cidade e de outra no palácio. Ele se dirige a biblioteca da cidade para pesquisar sobre a história do apelido da princesa.
O grupo se dirige para o palácio de Semirah, sob a escolta da guarda real. Lá chegando são anunciados e veem um verdadeiro parque de diversões no salão real. Sentada apreciando a bagunça estava Semirah.  Ao perceber os visitantes pede as aias que levem as crianças para fora.
Observa todo o grupo. Cumprimenta Rúmil de forma formal, mas dá atenção especial a Doiran cumprimentando ele falando um dialeto anão de forma perfeita.  Pede uma cerveja de fabricação anã e iniciam um diálogo, logo interrompido por Rúmil que também fala em anão. Semirah mostra-se aborrecida com a intromissão do Elfo, mas ouve o relato de todos. Lyra sente formigamentos a se aproximar da princesa. Estranhamente , a princesa parece arredia a qualquer tipo de toque.
A Princesa ouve todo o relato e faz uma proposta de troca de favores. A proposta seria que a irmã caçula deveria ser desmascarada e em troca  da ajuda da princesa.  Após concordarem com a troca, retornam ao palácio. La Orwen viu a princesa Sherazade aos beijos com um dos príncipes.  Todos procuravam uma forma de resolver o problema. Dylan consulta Molotoch que fala sobre uma fórmula alquímica da verdade, em forma de gás.  Rúmil, alquimista, se propõe a fazer a fórmula. Mas por conta do tempo envia Lolidrin até Zaphirá para que ela faça a formula sob as indicações de Lolidrin. Pronta a fórmula, Zaphirá sai para comprar roupas para o grupo.

Lyra e Rúmil resolvem falar com o Sultão sobre a situação e a vinda da filha mais velha para a festa. Eles investigam e entendem que o pai de fato dá preferência a filha mais nova.  
A festa se inicia com muitos convidados presentes. Quando a flor do deserto chega, Sherazade se dirije a ela sem a costumeira pose de princesa. Rúmil quebra o frasco e imediatamente a língua de alguns nobres se solta. Maridos traídos, Mulheres levianas, Roubos aos cofres reais e muito mais acaba sendo revelado. Sherazade revela seus planos para tomar o poder e a revelação mais estranha da noite. O rei havia matado sua rainha, por ter descoberto que sua filha mais velha era na verdade filha de Eduardo V do reino de Honodor. Ainda em Choque , mas já ciente do que tinha de fazer, Semirah ordena o aprisionamento do rei, de Sherazade e de seu amante. Sherazade foge mas é capturada por Orwen e Zaphirá.
Posto tudo em ordem e encaminhado a prisão também os nobres responsáveis por lesar a coroa. Semirah volta-se para a Liga e diz que irão partir pela manhã.
Dois dias de viagem até o Oasis onde a dama noturna teria sua aparição.
Lá encontraram uma estátua com um ventre avantajado. Ao cair da noite a estátua se levanta e abre um portal.  Sorena desperta do esquife e toca o ventre da princesa. Essa desmaia e cai.  A tatuagem da princesa sai e vai até a estátua. Ela toma vida e abre a sua barriga pegando a terceira parte da chave.  Ela volta-se para a terra e abrem um portal no chão de onde sai a imagem da dama diz que os elementos precisarão de um sacrifício para ser conectados e que o sacrifício já está sendo cobrado.  O destino da alma foi selado. Ela toca  sorena e  junta as três partes que se conectam faltando somente a ponta  da flecha. E essa se cola ao peito de Sorena, que nesse momento já se encontra translúcida.
Rúmil ora para que o represeiro venha em favor de Sorena e suas orações são atendidas.
O represeiro  salva Sorena transferindo a arma para Rúmil que é um clérigo do represeiro e sentiria menos os efeitos da chave.  O represeiro fala com Lyra e relembra seu compromisso com a chave e confirma com Rúmil sua vontade de auxiliar. Rumil assente e Sorena é desobrigada do fardo. No entanto Sorena retorna sem parte da memória, e esquece de toda a aventura e acima de tudo, esquece-se de Kyoshiro. Este não esboça nenhuma reação. Apenas se afasta e mantem-se em silêncio .
Movida pela curiosidade Orwen entra no buraco feito pela dama, seguida por Lyra e Hebion. Lá deparam-se com o mundo das fadas e é consumida pelo glamour de seu mundo.
Lolidrin é enviado para trazê-los de volta, mas acaba ficando mais tempo por lá. Por fim acaba trazendo a contra gosto, todos os 3 . Mas Lyra perde sua arma de poder que tem seu desejo realizado. Voltar para casa.Dylan e Zaphirá acompanham Semiráh até o palácio e seguem para a biblioteca para ter mais informações sobre a próxima parte do pergaminho. Ao pedirem ajuda a princesa ela informa que a melhor referência seria a Cidade de Lyra que fica ao  norte em território élfico. Seria a menor cidade élfica.
Zaphirá descobre em suas pesquisas que os elfos fazem uso de uma nova magia, chamada tecnologia e que sua sociedade não se envolve com o mundo das outras raças, execessão dos anões com quem guerreiam a anos por conta da posse de um território a Oeste.
Mais tarde todos se encontram e retornam para a hospedaria para definir novos rumos. Um debate acirrado ocorre por conta da saída imediata ou de mais dois dias de pesquisa. Onde o grupo acaba votando para a saída imediata. De noite, cada qual foi cuidar de seus afazeres.

Interlúdio

Rúmil pede a Orwen que o acompanhe em uma volta pela cidade. Rúmil agradece a Orwen pela ajuda em Vastia. Orwen diz que não fez nada de mais, afinal são um grupo e precisão agir em conjunto. 

Rúmil: Primeiramente quero te perguntar se vc sabe o que vai acontecer comigo?
Örwen: Eu vi que vc assumiu o fardo da Sorena e com o sacrifício da sua vida, na conclusão da missão mas houve um modo de evitar o sacrifício dela, não é imutável
Rumil: não sei se será possível a reversão no caso da ultima parte, o Represeiro me disse que o preço seria muito alto. Mas de qualquer forma estou conformado, mas como é sabio viver quero aproveitar esse ultimo momento de sossego com vc e te pedir para que caso eu me vá você cuide do grupo para mim. 
(ele muda sua feição ) não sou só eu que estou condenado...
Örwen: Nós somos um grupo até a conclusão dessa missão. E de toda forma, até lá vc estará conosco

Rúmil: Com a minha morte, lendra voltará a ser um espirito vagante e precisará de se associar a outro sacerdote ou se perderá, Dylan também não está bem, a espada que ele porta não tem o nome de Flagelo dos Deuses atoa. O requisito para libertar totalmente a espada é que Dylan liberte todos os seus sentidos, porem usando isso  seu espírito começará a ser consumido pela espada até que ele desaparecerá por completo.
Orwen: Mas, pelo que entendi, o Dylan sendo um humano, já está muito além do que devia. Desde que conseguíssemos que os espíritos dele e de Lendra pudessem ser libertos de toda essa maldição, acho que não se importariam de morrer. A perdição do Dylan não é a morte é a destruição total. Seu espirito será consumido.
Agora, ter seus espíritos consumidosou ficar vagando, isso não podemos deixar que aconteça.
Rúmil: Eu creio que não estamos nessa missão sem um propósito maior . Muitos no grupo querem focar só na relíquia eu acho que resolver os conflitos de cada um é tão importante quanto. Por isso confio a você o fardo que assumi, minha vila acretida que todos somos iguais, que não há diferença entre nenhuma criatura e que acima de tudo todos merecem a felicidade.
Orwen: A minha tribo não acredita muito na felicidade. Mas temos sim um senso acirrado do dever
e prezamos muito a paz. 
Rúmil: Porque?
Orwen: Pq somos guerreiros, eu não sou mais (ela olha para o chão, e realmente se entristece) já que escolhi outro caminho mas tudo o que desejamos é uma vida e uma morte honradas para que nosso espírito voe livre após a morte. 

Rúmil: Sem invadir sua privacidade mas eu gostaria de saber qual é esse caminho se vc puder me contar...
Orwen: Eu escolhi ser clériga, como a minha mãe. Por isso estava com a minha mestre quando ela me indicou para a missão.
Rúmil: Mas isso me parece ser muito honrado!
Orwen: Mas o meu pai, que me educou para ser a sua sucessora, não conseguiu aceitar essa situação, e me proibiu de viver na nossa aldeia. Não é por maldade, meu pai é um espírito muito honrado. Mas ele se julgou traído, pois já tendo perdido a esposa, a filha escolheu não ficar ao seu lado, liderando a tribo. Quando eu saí, ele estava escolhendo um sucessor para treinar, pois, segundo palavras dele, um líder que não teve filhos, precisa escolher um sucessor (e ela se mantém em silêncio)
Rúmil: Como sua mãe morreu?
Orwen: Minha mãe morreu quando eu era bebê, logo após o parto. Eu não sabia quase nada sobre ela.
Qdo conheci Guld Mon, ela me contou coisas maravilhosas sobre ela, como ela abandonou tudo para se unir ao meu pai, do povo águia, ela não era da nossa tribo e eu quis tanto sentir um pouco dela, já que meu pai quase não falava dela.

Rúmil: imagino, um amor é a oportunidade de se encontrar por completo, perde-lo significa perder a si mesmo.
Orwen: Acho que ele não queria  justificar a minha vontade de sair pelo mundo. Mas sempre tive esse desejo, creio q o herdei da minha mãe. Mais me dói tanto ter decepcionado o meu pai. Eu queria ter sido a filha e a líder que ele queria mas minha mãe não estava lá pra me ensinar e Ikawa (amiga de minha mãe e também pulia de Guld Mon),  falava coisas lindas sobre ela, elas estudaram juntas sabe. E era quase como se ela estivesse aqui
(ela fala quase num susurro) Esteja bem meu pai, me perdoe. Que minha mãe esteja aí, a seu lado.
Rúmil: Você não o decepcionou, as vezes quando temos cargos de poder tomamos atitudes que não nos agradam ou não nos refletem por completo mas que precisam ser tomadas, para mim a atitude do seu pai foi mais para proteger a tribo do que para te punir. Tenha certeza que ele te ama, e que sua mãe ama e guia vocês dois.
Orwen: Ele disse que não se lembrava de ter tido filhos... (chorosa)
Rúmil: As palavras nem sempre refletem o coração.
Orwen: Eu acredito! Ainda desejo explicar para o meu pai o que me guiou, por isso quero ter sucesso nessa missão, pois se eu realizar algo grandioso meu pai verá q havia um propósito na minha decisão e poderá me perdoar. Meu pai é um bom espírito.
Rúmil: Eu abênço as suas palavras e desejo do fundo do meu coração que você tenha sucesso.
Orwen: ... mas sim, desculpa esse desabafo, vc queria me fazer um pedido. ..obrigada, desculpa me mostrar tão vulnerável, mas pode confiar em mim...eu não sei pq estou falando disso agora...eu fiz uma escolha...
Rúmil: Eu gostaria de ver você com os olhos que a natureza me deu, mas para isso preciso te tocar, como você sabe não fui agraciado com o dom da visão direta quase integralmente eu vejo pelo lolidrin e atraves do som e da magia, mas eu gostaria de realmente ver você se você me permitir.
Orwen leva as mãos de Rúmil a seu rosto. Ele percebe as lágrimas que caem. Ele acaricia cada parte do rosto dela e diz que ela é mais linda do que ele tinha percebido. Ela sente-se encabulada e relembra que amanhã todos partem cedo. Ela pede desculpas pelo desabafo e Rúmil a silencia com os dedos e se declara. Ansioso aguarda a reação de Orwen. Ela o abraça e diz que estará ao seu lado independente do tempo que restar. Ela o toma pela mão e ambos seguem sorrindo para a hospedaria.

 Dylan havia passado um tempo com Sorena explicando a situação. Ela resolve que seria bom conversar com a Gran sacerdotisa de Mitrenis para entender melhor a situação. Ela, Dylan, Zaphirá  saem para agilizar a troca dos camelos para a viagem, comprar mantimentos e ir ao templo. Doiran fica encarregado de acertar as contas na hospedaria. Kyoshiro se dispõe a auxiliar com os preparativos. Orwen e Rúmil saem rumo ao lago. Enquanto caminham Dylan e Sorena a Frente e Zaphirá logo atrás eles conversam:

Sorena: Porque a relíquia está em outro continente?
Zaphirá:Quando tiver a resposta não esqueça de compartilhar
Sorena: PQ? vocês não sabem?
Dylan: Não, não sabemos, sobre isso não temos nem uma pista para falar a verdade, mas de alguma forma... (ele para para pensar um pouco e começa a falar um pouco sozinho) ... eu sei que quando acordei eu apareci aqui e que segui na direção do outro continente, não sei o que fiz durante uns 20 anos, será que estava aqui procurando a reliquia? Ou estava tentando voltar para o outro continente?
Sorena: vc. acordou aqui mas despertou em outro continente 20 anos depois?
Dylan: Sim, pelo que entendi é isso mesmo

Sorena para olha para o nada e depois olha pra Dylan com um leve sorriso...

Dylan: Lembrou de alguma coisa, ou teve alguma ideia que explique algo?
Sorena: Bem... pode parecer meio loco, mas acho que vc. de fato sabe onde está a reliquia e quando você a encontrou algo fez com que você fosse afastado dela novamente... Então essa localização está ai na sua mente, só temos que encontra-la...
Dylan: hmm... parece uma possibilidade, o problema é que tirar informações da minha cabeça tem sido um pouco complicado, as vezes eu tenho lembranças, mas só de trechos, Zaphirá já se propôs a me ajudar com uma técnica dela (hipnose), mas ainda não pudemos testar, você Sorena conhece alguma coisa que possa ajudar?
Sorena: bem... existem magias da escola de controle da mente que talvez possa ser util... talvez algum elixir alquimico... mas se sua amnésia é fruto do mesmo caso que o meu... acho que somente uma fada pode desbloquea-la...isso devido ao tempo...vc. ficou imerso mais tempo que eu...
Dylan: É uma lastima então que tenhamos perdido acesso ao objeto de poder da Lyra... mas será que poderíamos encontrar um elixir que funcionasse? Mesmo que parcialmente? O cristal tem algo a ver com a perda de memória? Mitrenis tem alguma relação com as fadas não tem? (as perguntas vão brotando todas de uma vez e ele vai perguntando)
Sorena: è tipico dos humanos serem tão apressados... bom... Acho que Miternis tem algo com isso sim... Se me lembro bem. Por isso estou indo ao templo. Para conversar com a alta sacerdotisa. Quem sabe exista algum ritual para abrir as portas do paraiso e trazer alguma fada para ca?  Não sou muito versada na trindade humana, mas pelo que sei, fadas manipulam magia pura e quanto mais tempo vc. se liga a magia pura, mais seu corpo fica empregnado dela... talvez por isso vc. não envelheça
Dylan: é uma boa explicação, mas que outros efeitos será que isso tem? Será que vai passar? Vamos tentar descobrir isso no templo, na verdade eu ia mesmo até lá para agradecer a Mitrenis, até onde entendi das informações que juntamos devo a ela essa "nova chance" de vida, além de poupar o povo de Vastia ( o que foi possível salvar)
Sorena: hum.. verdade... pelo que Lendra contou é isso mesmo... Mas porque Miternis se intrometeriam em uma ação de Karenis? Pelo que me lembro não é o papel dela... Normalmente é Farenis que faz isso, porque o sumiço de uma cidade inteira seria um desequilibrio e tanto... Mas vcs. não tiveram noticias da manifestação dela, tiveram?
Dylan: Não, só soube da interferência dela por meio das historias que me foram relatadas por Rúml, Lyra e Ornën que estiveram na cidade, que está no mundo espiritual . Alias a passagem para a cidade (ou para o mundo espiritual, não entendo isso direito) também está desse lado. Mas eu não posso entrar na cidade
Sorena: Curioso... ao menos que vc. tenha se tornando um ser de grande poder... não vejo porque vc. não poderia entrar... ao menos que seja por causa da sua espada não é?... Pelo que vcs. me falaram é uma arma de poder muito grande...
Dylan: É, na verdade quanto mais tenho contato com ela, eu passo a considera-la menos uma arma... mas não sei se era a presença de Molotoch que me não me permitia entrar, mas senti um grande desconforto, era como se minha mente estivesse tentando trazer a memoria de volta, mas não pudesse
Sorena: E não poderia porque? Porque você sabe onde está a reliquia. E seja la o que for que fez com que vc. se esquecesses colocou uma trava... mas se a Karenis tentou me matar e a Lyra como vcs disseram, ela tb não sabe onde está a reliquia e não quer que a encontre... então quem teria mais poder que a trindade para roubar a reliquia e porque quereria mantê-la no mistério sendo que a única que ganha com o Caos é Karenis?

Quando  entram no templo, Sorena chama muito a atenção. Todos param para olha-la. Ela vai se dirigindo sem cerimônias para o fundo do templo atrás da estátua de Mitrenis. O povo olha com tremenda admiração para Sorena e as sacerdotisas que passam por vcs. se curvam ao vê-la. Dylan então percebe que ela está com o medalhão da mãe do lado de fora das vestes.
Ela se dirige até a parte de trás da estátua, onde encontra uma sacerdotisa, com um colar pequeno de pedras azuis. Sorena se volta a ela:
Sorena: Por gentileza, preciso falar com a grande sacerdotisa.
Sacerdotisa: Claro minha senhora. Venha.
Dylan  observa que poucas pessoas portam armas, mas as que estão ali estão embainhadas e no momento de entrega das oferendas elas são deixadas no chão. Percebe muitas mulheres grávidas e todas as sacerdotisas são sorridentes e solícitas.

Dylan: Existe relação entre Mitrenis e a mãe Branca?
Sorena: Para o culto de Mitrenis, a grande mãe branca dos elfos e a manifestação mais pura da Deusa. É a Deusa em seu estado mais celestial.
Dylan: Interessante, achei que os cultos eram totalmente diferentes entre os humanos e os elfos, como se fossem deusas diferentes
Sorena: para o caso de Farenis e Karenis sim... Elas não existem na cultura elfica... Mais Mitrenis é uma deidade em comum.
Dylan: Entendo.
Atrás da estátua tem uma porta camuflada. A sacerdotisa guia o grupo por alguns corredores até sair num pátio. A sacerdotisa indica um jardim e pede a todos que aguardem.
O Dylan fica pensando, será que outros deuses também são cultuados de outras formas? Será que Zimar tem alguma outra forma de culto?
Sorena fecha os olhos e respira fundo.

Sorena: Sinto falta disso... parece que falta uma parte de mim...
Dylan: Falta disso? De um templo, de estar em um?Ou talvez da calma?
Sorena: Ambos... sinto minha alma agitada... como se algo tivesse tirado de mim a certeza e a serenidade... mas não sei o que é...
Dylan: A viagem tem sido difícil, para mim, para você e para todos nós, mas eu acredito que temos avançado muito no nosso objetivo e acredito que logo, você e os outros (ele até pensa em dizer "nós" mas fica em duvida) poderão retornar ao outro lado do mar e ficar em paz...
A sacerdotisa chega apoiando uma senhora. Sorena se levanta , abaixa-se e beija o pé da senhora.

Sorena: Afortunada seja a mãe e sua criação. Venho em busca de saber grande senhora.
Gran sacerdotisa: Seja bem vinda filha da mãe celestial. Em que podemos auxiliar em sua busca?
Sorena: Temos um problema de dificil solução, mas talvez sua sabedoria possa nos guiar. Tanto eu, quanto meu acompanhante humano, fomos tocados pela magia pura. Eu por um curto periodo de tempo, ele por um longo periodo. Ambos tivemos nossa mente afetada por tal contato. O que gostaríamos de saber é se conseguiriamos acionar os serviçais da deusa para nos auxiliar de alguma forma.
Gran Sacerdotisa: minha filha, temos rituais para falarmos com os serviçais da Deusa. Mas pelo meu conhecimento, uma vez banhado pela magia pura, o ser nunca será o mesmo. Quanto a mente de vocês, creio que sim um serviçal possa auxilia-los, mas advirto que se não for a vontade da mãe nada será realizado e a forma como a mágica pura os atingiu pode influenciar profundamente em suas almas.
Sorena: Estamos dispostos a tentar (ela olha carinhosamente para Dylan)
Ele concorda com um gestoDylan: quando isso pode ser feito Gran sacerdotisa?
Gran Sacerdotisa: Pois bem minha filha. Para fazer o ritual vc. precisará de um lugar de aura pura. Lá vc. deverá traçar o emblema da mãe e depositar sobre os quatro pontos oferendas de pureza. Coisas doadas de coração. Feito isso, será preciso fazer a convocação na lingua das fadas a qual podemos oferecer-lhe por escrito. mas a pronúncia deve ser feita corretamente. Se for da vontade da mãe. o serviçal virá em seu socorro e poderá operar em vossas mentes. Feito isso, o serviçal exigirá um pagamento. Ele deve ser pago.
Sorena: Que tipo de pagamento?
Gran sacerdotisa: Não sei. Cada serviçal tem sua moeda para servir a mãe. Ele deve ser pago impreterivelmente. Mas eles servem a mãe e nada de mal vem dela. O que nos parece mal é apenas correção de nossos maus costumes.
Sorena se curva, beija os pés da mãe e agradece o conselho.
Dylan : vai querer arriscar? Está disposta a isso?
A outra sacerdotisa entrega a ela um pequeno pergaminho que ela guarda no bolso. Ela para com a mão no bolso e retira dele um pequeno unicornio de madeira
Sorena: Eu estou, você não?
Sorena: O que é isso?
Dylan: sim estou disposto

Ele olha para o unicornio .

Dylan: não sei do que se trata, mas é bonito, talvez tenha sido um presente, ou talvez você tenha comprado por alguma razão
Sorena: Não é o tipo de coisa que eu compraria. Mas de fato é bonito... Bom como vamos descobrir um lugar puro e a proxima questão a se resolver... Vc. se sente diferente Dylan? como se algo tivesse mudado em você?

Dylan vendo a decisão de Sorena  passa a observa-la, tentando ver essa nova resolução em comparação com a comportamento dela de antes, por fim ele balança a cabeça como para livrar o pensamento e fala:

Dylan: Diferente? Eu não envelheço, meu corpo não muda, minha memoria é falha tanto de antes do sono quando de depois. É dessas diferenças que está falando?
Ele olha para ela curioso . Sorena sorri.
Sorena: Não me lembrava de você tão espirituoso Dylan...

Zaphirá: E aí podemos ir . Ainda temos muito o que fazer.Tem os cavalos os mantimentos.

Sorena: Bem, como a gran sacerdotisa disse quem é tocado pela magia pura fica diferente... acho que no seu caso como ficou tanto tempo mergulhado vc. tenha sido atingido de diversas formas...
Sorena : Claro Zaphirá... vamos andando.
Dylan: Sorena, quando foi que nós conhecemos?
Sorena: Ué, não se lembra? Foi quando você veio proteger a chave das chaves.
Dylan: (com cara de quem está tentando lembrar...)Não me lembro de vê-la, lembro de Lendra mencionar uma iniciada com cabelos rosa, mas... não me lembro de encontra-la
Sorena: Se me lembro bem estava você e um colega mais velho... Engraçado, não me lembro de ver a Lendra nesse dia...
Dylan: Sim, tinha um colega comigo, eu estava em treinamento, aquela era uma das minhas primeiras missões, ficamos na guarda da reliquia por um certo tempo, conheci Lendra nesses dias também, mas... ele coloca a mão na testa, tentando lembrar... de fato não me lembro de encontra-la (a Sorena)... que estranho.

Sorena faz cara de indagação...
Sorena para de repente... e olha assustada pra você...
Sorena: Eu não me lembro de Lendra e você não se lembra de mim... qual a possibilidade disso estar errado?
Dylan: Até então eu não achava que essa parte da minha memoria tivesse falhas, eu me lembro de muitas coisas dessa época, de caminhar pela floresta com Lendra, das nossas discussões bobas, dos nossos duelos a titulo de treinamento, dos nossos momentos...


Dylan: Eu não sei se isso está errado, para mim é o que lembro o que faz sentido na minha cabeça e na minha memória
Dylan: O que foi?
Ele a observa, esperando tentando ver se há algo de errado ou algum perigo

Sorena: Dylan... eu me lembro de andar na floresta com você... de duelar com você... (Ela começa a chorar) Dylan ... essas memórias não são minhas não é?

Ele fica estático, olha para ela confuso, sem saber se deve se aproximar para consola-la ou se não deve, depois de um tempo ele se aproximo coloca a mão no ombros dela e fala:

Dylan: Eu... acho que não, mas se tivermos sucesso com o pedido a Mitrenis suas memorias vão voltar da maneira correta, não precisa ficar triste ele limpa as lágrimas do rosto dela _Se acalme, vamos resolver isso

Sorena Se afasta um pouco com as mãos nos lábios...
Dylan  começa associar que em algum momento de fato ela estava agindo da maneira como Lendra agia, talvez levada pelas memorias a um tipo de confusão da personalidade

Sorena: Me deeesculpe... Ah deusa me perdoe... preciso ficar só... eu vejo vcs. na hospedaria.

Dylan olha para Zaphirá e com um gesto pede que ela a siga (para ela não andar sozinha por ai), depois volta para o altar de Mitrenis onde faz uma prece de agradecimento por ter poupado a ele e a cidade e também para dar a Sorena um tempo longe de dele para ela pensar.
Zaphirá: Olha bem pra minha cara e veja se sou babá, ainda mais de elfo desbotado! (Ela olha bem pra cara dele e diz): Vc me deve uma Dylan!

Dylan suspira (resignado), e balança a cabeça em sinal positivo
Zaphirá sai correndo.

Alguns membros chegam tarde da noite na hospedaria. Orwen se recusa a dividir o quarto com Ausculus e em forma de águia vai dormir nas torres altas do castelo.  Logo pela manhã todos estavam prontos para a partida. Sorena parecia mais séria que o habitual e postou-se ao lado de Rúmil. O dia estava claro e o caminho para Noroeste prometia ser quente...muito quente.